Cruz Vermelha Brasileira segue com distribuição de repelentes e preservativos no Rio
10/08/2016 09:00
Por: Jorge Velloso - Fotos: Leonardo Ali
Nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, voluntários da Cruz Vermelha Brasileira (CVB) continuam com a distribuição de repelentes, preservativos e material informativo para evitar a proliferação do aedes aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya. A ação vai acontecer em quatro pontos de grande circulação de cariocas e turistas: na Orla Conde; próximo ao museu do Amanhã; no Bossa Nova Mall, ao lado do aeroporto Santos Dumont; na Praça Cruz Vermelha e no São Gonçalo Shopping.
Ontem, a ação foi bem recebida por quem aproveitava as inúmeras atrações que a cidade oferece durante os Jogos Olímpicos. Assim que viu os voluntários da instituição em frente ao novo museu do Rio, Cândida Sanches Fernandes pegou o kit e pediu que a neta Ana Carolina lhe passasse o repelente. “Peguei chikungunya no dia 17 de abril. Até hoje sinto dores horríveis, mesmo em tratamento. Quero evitar qualquer outro mal”, contou a dona de casa de 72 anos.
Outro que recebeu os voluntários com festa foi Fabinho Caxotada. Todo vestido de verde e amarelo, atraindo a atenção das TVs estrangeiras, cantou e tocou sanfona quando recebeu o kit da CVB. Após confessar que ainda não sabia como se proteger do mosquito e dos vírus, prometeu “ler o material e passar o repelente”.
A importância da ação no Bossa Nova Mall foi destacada pelo fotógrafo Rodrigo Barroca. “Ao lado do Santos Dumont, é um local com grande circulação de pessoas que entram e saem da cidade”. Pai de uma menina de 11 meses, ele contou que iria compartilhar o repelente com a filha. “Quero lhe proporcionar total proteção. Apesar de tomar os cuidados básicos, também vou ler o material, para evitar as doenças que o mosquito transmite”.
Coordenadora do Projeto Zika Brasil da Cruz Vermelha Brasileira, Anete Teixeira festejou a boa receptividade de cariocas e turistas. “Apesar da diminuição do número de casos nesta época do ano, não devemos nos descuidar. Um mosquito deposita mais de 100 ovos nas paredes de um recipiente com água. Mesmo que ela seque, permanecem grudados por mais de um ano e meio”.
O Projeto Zika Brasil também acontece em outros estados do país, com apoio da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. No fim do ano passado, quando houve um aumento assustador dos casos da doença no Brasil e em diversos países do continente, a Federação Internacional lançou campanha mundial para a arrecadação de 8,5 milhões de francos suíços, sendo que 2,4 milhões foram destinados ao combate das doenças transmitidas pelo mosquito nas Américas. Cerca de U$ 250 mil foram destinados inicialmente ao Brasil. Com esse apoio, a CVB formou coordenadores em suas Filiais estaduais e instalou, em sua sede, no Rio de Janeiro, uma coordenação nacional, para acompanhar em tempo real o trabalho realizado por cerca de 600 voluntários envolvidos diretamente com o projeto.